A partir dos anos 30, o Estado sente necessidade de começar ações de intervenção. Por ser um período de crises drásticas na economia mundial, colocando em situação visível as últimas consequências do liberalismo econômico. Para enfrentar as grandes expressões da questão social, começam a surgir estratégias de enfrentamento à crise na área social. Nasce ai a necessidade de formatar politicas no campo social e a necessidade de profissionalização do Serviço Social.
Porém, a interlocução entre a Politica Social e o Serviço Social como campo que poderia permear a área só foi possível em 1970.
Até este período o Serviço Social tinha como intervenção profissional as ações de:
- ENFRENTAMENTO DA POBREZA
- NATUREZA DESCRITIVA E OPERACIONAL
- VOCAÇÃO PARA O EMPÍRICO ( Empírico é um fato que se apóia somente em experiências vividas, na observação de coisas, e não em teorias e métodos científicos. Empírico é aquele conhecimento adquirido durante toda a vida, no dia-a-dia, que não tem comprovação científica nenhuma.)
- AÇÕES PRAGMÁTICAS COM HOSTILIDADE PARA A TEORIA
- SUBORDINAÇÃO ÀS PRÁTICAS GOVERNAMENTAIS
- ANÁLISE FOCAL DE PROBLEMAS
- ESTUDO DE PROGRAMAS DE GOVERNO E EMPRESAS DE FORMA ISOLADA
- ABORDAGEM VOLTADA SOMENTE PARA A PRATICA
- ENFOQUE MULTIDISCIPLINAR CONFUSO
- INGENUO EM RELAÇÃO À PRATICA
- LEITURA APENAS TECNOCRATICA DA POLITICA SOCIAL
- FUNCIONAL-ESTRUTURALISTA
Essas tendências foram apresentadas no Documento de Araxá ( 1967 ) e no Documento de Teresópolis ( 1970 )
Esta era a visão da modernização conservadora
Durante a ditadura militar os profissionais começam a refletir sobre suas próprias ações, diante da ampliação dos movimentos sociais urbanos, movimentos estudantis. Assim tornou-se necessário uma revisão crítica da postura ético-politica e ´teórico-metodológica.
Em relação a teoria começa a ter um afastamento de ideário maxista no que corresponde ao seu olhar estrutural, ou seja Max observa como problemática maior o próprio capitalismo. Este não é somente o único problema. Era preciso também fugir de princípios que veem o Estado como manipulador e a Politica social como forma de conter o movimento operário. Assim, em 1988 a Politica Social surge como direito e cidadania.